A trajetória de Jennifer Harman no poker profissional

Conhecida como uma das grandes referências do poker feminino, a norte-americana Jennifer Harman tem uma trajetória de muito sucesso no poker mundial, sobretudo pelos resultados na WSOP, mas também por outras ações fora das mesas.

Saiba mais sobre a carreira da norte-americana, que é apontada como uma das maiores representantes femininas no esporte da mente de todos os tempos.

O início
Jennifer Harman nasceu em 1964, na cidade norte-americana de Reno – a cerca de 700 km de Las Vegas, onde se consagraria anos mais tarde. Ela aprendeu a jogar poker muito cedo graças ao pai, que ensinou o jogo após tanta insistência da filha.

Aos 17 anos, Jennifer sofreu um grande baque em sua vida pessoal: sua mãe faleceu devido a uma doença nos rins. A jovem acabou encontrando refúgio no poker, onde começou a aparecer com relativo sucesso, contra a vontade do pai, com quem chegou a cortar relações.

Ela chegou a cursar universidade em seu estado natal, Nevada, mas nunca escondeu o desejo de buscar uma carreira profissional no esporte da mente. Na época, Jennifer trabalhava como garçonete em meio período, mas já jogava poker com certa frequência.

Primeiras conquistas
Os bons resultados de Jennifer Harman no poker começaram a aparecer em meados da década de 1990. Em 1994, ela furou a bolha pela primeira vez no Queens Poker Classic, em Las Vegas, terminando o torneio na 8ª colocação.

Dois anos mais tarde, Jennifer terminou ITM em dois eventos da WSOP e começou a chamar a atenção do mundo do esporte da mente, que tinha a compatriota Barbara Enright como uma das grandes referências no segmento feminino até então.

Os primeiros títulos da grinder só vieram em 1998. Em pouco mais de 15 dias, ela foi campeã do Orleans Open e Heavenly Hold’em, ambos em Las Vegas, e começou a levar as primeiras quantias generosas de prêmios para casa – mas nada comparado ao que viria dois anos depois.

Brilho na WSOP
Em 2000, Jennifer Harman já era figurinha carimbada nas mesas de Las Vegas para a disputa da World Series of Poker, mas em maio daquele ano, ela entraria de vez para a história do torneio ao conquistar seu primeiro bracelete.

O título veio em um torneio Deuce to Seven Lowball – modalidade de poker que ela não havia jogado até então, mas isso não foi um problema, graças às aulas de Howard Lederer. Na ocasião, a norte-americana derrotou nomes como Lyle Berman, Steve Zolotow e Bruce Corman para ficar com o primeiro lugar. Sua premiação foi US$ 146 mil, a maior da carreira até então.

Dois anos mais tarde, Harman voltou a conquistar o bracelete da WSOP em um evento Limit Hold’em, derrotando Brian Green no heads up e faturando cerca de US$ 212 mil. Com o título, ela fez história ao se tornar a primeira bicampeã da World Series of Poker, feito que só seria alcançado uma década depois por Vanessa Selbst.

Outras conquistas no poker
Apesar de não conquistar um bracelete há quase duas décadas, Jennifer Harman segue bastante ativa na WSOP até hoje, inclusive com boas premiações. Ela foi vice-campeã do torneio em outras duas oportunidades (2007 e 2009), além de diversos ITMs – no total, são 37, uma das maiores marcas. Só na World Series, a norte-americana já faturou mais de US$ 1 milhão em prêmios.

A maior premiação da carreira veio na WSOPC, ou World Series of Poker Circuit, quando perdeu para o canadense Doug Lee e terminou em 2º lugar no Championship Event de 2005, levando o prêmio de US$ 383 mil.

No World Poker Tour, Harman chegou à mesa final em duas oportunidades, terminando em 3º lugar em 2008 e 4º lugar em 2004, suas melhores performances no WPT. Além disso, ela já foi campeã da primeira temporada do Poker After Dark, em 2007.

Em cerca de três décadas de carreira profissional, Jennifer Harman soma US$ 2,7 milhões em prêmios, o que faz dela a 12ª entre as mulheres mais bem pagas da história do esporte da mente.

Fora das mesas
Além de exímia jogadora, Jennifer Harman se destaca por ser uma estudiosa do jogo, assinando um capítulo sobre Limit Hold’em no Super System II, de Doyle Brunson, considerado uma das bíblias do poker profissional e analítico.

Harman também é bastante conhecida por suas ações filantrópicas, organizando diversas partidas de poker para arrecadar fundos para instituições de caridade – sobretudo para vítimas de doenças nos rins. Vale lembrar que, além de ter perdido a mãe para essa enfermidade, a própria jogadora já passou por um transplante e precisou interromper a carreira por um ano.

Em 2015, aos 51 anos, ela foi indicada ao Hall da Fama do poker mundial, sendo apenas a 3ª mulher a alcançar o feito, após Linda Johnson e Barbara Enright.

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Fonte: https://www.partypoker.com/blog/pt-br/a-trajetoria-de-jennifer-harman-no-poker-profissional.html