Bruno Volkmann é um dos principais nomes do poker brasileiro. Com resultados constantes há anos, tanto no circuito live quanto no online, o nome do profissional dificilmente não é citado em uma rodada de poker quando é para ranquear os melhores do país.
O jogador mostrou mais uma vez toda a sua habilidade e somou mais um grande título para a carreira, sendo campeão do Evento #4 Mini do World Poker Tour World Online Championship. A vitória rendeu ao catarinense a bela forra de US$ 121.980.
O jogador não escondeu a felicidade de alcançar o topo do pódio. “Ganhar um torneio não é uma coisa rotineira, é algo raro”, festejou. “Quando a gente ganha um evento desse nível, é uma felicidade imensa”.
Na mesa final, o profissional teve a companhia de mais dois brasileiros. Thiago Grigoletti ficou com a terceira colocação e Maurício Farias foi o sexto. O catarinense aproveitou para elogiar a qualidade técnica do field nacional. “O poker brasileiro está em um nível muito bom, tem vários caras evoluindo. Acho que em um ou dois anos a gente vai ter uma turma grande jogando os high stakes online e, provavelmente, no live também”.
No mês de maio, Volkmann conseguiu a impressionante performance de alcançar três heads-ups de uma grande série em apenas duas semanas, mas saiu derrotado em todos. “Existe uma alta variância em HU’s, especialmente em torneios onde o stack depth sempre ou geralmente está curto. Achei que joguei bem os heads-ups do SCOOP dentro do possível”, apesar da análise positiva, o profissional falou que aperfeiçoou o jogo nessa fase do torneio. “Nós do 9tales estamos discutindo e treinando bastante até os HU’s, fizemos um campeonato entre a gente, foi bem legal”.
Apesar de seguir praticando, o heads-up não começou da melhor forma e o neozelandês Dylan Rowe conseguiu virar o confronto. “Ele tava jogando bem a mesa final inteira, e não estava com um bom feeling (risos). Quando ele começou a virar o HU vi que precisava mudar um pouco o jogo, e deu certo”, comentou.
Questionado sobre a grande sequência de resultados na carreira, Bruno lembrou que nem sempre foi assim. “Fiquei uns dois anos andando de lado, entre 2014 e 2016, foi difícil pra mim na época porque sou muito competitivo e não tão maduro quanto sou hoje em dia em relação a tilt com downswings”.
A fase difícil trouxe diversos aprendizados para os dias atuais. “Hoje, passo por variações grandes em curtos períodos de tempo por causa do average de buy-in alto, o que é normal, mas talvez se não tivesse passado por essa downswing de dois anos no começo/meio da carreira, eu não teria o mental forte pra jogar esse ABI que jogo hoje em dia. Sou até grato a essa fase ‘obscura’ que passei no início (risos)”.
Nesta semana, na nova atualização do PocketFives, um dos rankings mais conceituados do poker online, Bruno junto com três companheiros de time aparecem entre os dez melhores jogadores da atualidade. O jogador falou sobre o formato da parceria. “Eu acho que é um modelo muito legal, pois desse jeito, se pegar um grupo de regs grindando direto, o cara consegue ter um salário mensal praticamente, porque o volume que o grupo coloca, seria quase de um ano inteiro de um player. A variância do grupo fica muito baixa e com isso tudo dá pra aumentar o ABI também”.
Sobre ser um modelo para novas parcerias, Volkmann falou que não é algo tão simples. “Não são todos que gostam do formato, e é difícil encontrar uma galera que você confia tanto”, o profissional também destacou outro ponto. “Nem todo mundo se sente bem pela própria variância que acontece com cada jogador, por exemplo, um player ganha US$ 100 mil e outros dois perdem US$ 50 mil. Esse player que ganhou tem que entender que é normal, o que é difícil”.
“Queria agradecer a toda galera que torceu por mim, obrigado mesmo. Agradecer também a toda galera do 9Tales, senti que evolui muito graças a eles e por último e não menos importante, agradecer a toda minha família que sempre me apoiou, e apoia diariamente”, encerrou o jogador.
Ainda não tem conta no Partypoker, Crie agora a partir deste link
