Dono de bracelete, Andres Korn joga WSOP Brazil em sua cidade favorita e admite rivalidade com brasileiros

Enquanto o Brasil soma quatro braceletes da WSOP, nossos “hermanos” possuem duas das joias mais cobiçadas do poker mundial. O primeiro título albiceleste foi conquistado em 2015, por Ivan “Negriin” Luca, enquanto a segunda vitória veio no ano passado, com a vitória de Andres “Cacho” Korn, que faturou mais de US$ 600 mil e também o bracelete dourado.

Korn está prestigiando a WSOP Brazil Rio, jogando o Super High Roller até a publicação desta matéria, e falou sobre o carinho que tem pela cidade. “O evento está muito bom, muita gente, grandes fields, até agora tudo certo, bons dealers também”, contou. “Eu já conhecia o Rio, é minha cidade favorita no mundo, muito divertida, tem a praia, muita coisa para fazer, é muito bom.”

Perguntado o que mais gosta sobre o Brasil, ele não conseguiu escolher um fator só. “É tudo, a praia, as mulheres, a gente que tem alegria de viver, é um prazer vir para cá sempre”, no entanto, quando o assunto é o jogo dos brasileiros, Cacho brincou. “Os brasileiros são muito malucos. É 3-bet, 4-bet e K8 contra 75, é muita ação. Se tem a sorte de ter boas cartas, é fácil fazer fichas, mas é difícil de se mover.”

Com a vitória em Las Vegas, ele ultrapassou a marca de US$ 1,5 milhão em prêmios ao vivo, sendo o oitavo argentino mais premiado do poker. “Aquele título foi um sonho, o sonho da minha vida, nunca pensei que seria possível, foi muita alegria”, contou, explicando que ainda leva a mesma vida de antes. “Não mudou muito, mas jogo mais e quando falo para a minha família que vou jogar, não reclamam mais (risos). Antes falavam que custa dinheiro e tempo, mas agora não protestam mais, mas sigo na mesma vida de antes.”

A relação entre argentinos e brasileiros na mesa pode até ser amistosa, mas para Korn, é inegável que existe uma rivalidade entre os jogadores dos países. “Eu acho que a rivalidade existe sim. Não tanto quanto no futebol, mas quando as pessoas aqui percebem que sou argentino, não é o mesmo como se eu fosse italiano ou qualquer outra coisa.”