Por HBELLO – 04/07/2007
O blefe tem uma conotação clara e direta. Você tem uma mão ruim, mas aposta mesmo assim, fingindo ter uma mão forte. Se seu oponente acreditar em você, você leva o pote.
Nesse capítulo irei abordar algumas jogadas específicas que fará o seu blefe ter uma chance acima da média de ser bem sucedido. Primeiro vamos falar sobre algumas características gerais de todos os tipos de blefe.
Contra quantos jogadores deve-se blefar?
Quanto menos melhor. Um é melhor do que dois e dois é melhor do que três. Quando se blefa contra mais do que um jogador, cria-se a imagem de uma mão forte, porém aumenta-se a chance de alguém ter uma mão forte o suficiente para lhe pagar ou dar “raise” na sua aposta.
Contra quem se deve blefar?
O oponente ideal é o jogador fraco e que é “tight”. Ele pensa que todo copo está meio vazio ao invés de meio cheio. A única mão que ele realmente gosta de jogar até o “showdown” é a melhor mão (the nuts). O jogador muito “tight” está sempre procurando uma desculpa para não jogar uma mão. Uma grande aposta feita por você pode ser a desculpa que ele está procurando para não jogar.
Com quantas fichas no meu cacife devo blefar?
É melhor blefar com um “stack” de tamanho mediano do que blefar com poucas fichas ou muitas fichas na sua frente. O perigo de se blefar com poucas fichas é que parece desespero de sua parte e você decide blefar com cartas marginais que você pensa já ser suficiente para um “all in”. Blefar com muita ficha parece que você está confortável demais e pode passar uma imagem de que se está jogando de maneira muito “loose”. Quando se está com uma pilha de fichas mediana, torna-se mais apropriado o blefe, já que dificulta a leitura do adversário para com a sua relação fichas x pote.
Todos esses aspectos são em termos gerais, é claro, e você encontrará muitas exceções. A partir de agora iremos dar uma olhada em alguns tipos específicos de blefes.
BLUFFING PRÉ-FLOP
Não direi que o blefe pré-flop é inteiramente uma jogada de iniciantes. Há momentos para o blefe pré-flop no poker, especialmente quando os blinds estão altos em relação à quantidade de fichas que você possui. Entretanto, os iniciantes certamente ficam muito envolvidos tentando roubar os blinds. Geralmente isso ocorre porque os iniciantes não têm a paciência necessária para longas jornadas de cartas ruins que os impossibilitam de fazer apostas sólidas. Então periodicamente eles se pegam fazendo movimentos precipitados e jogadas errôneas com quaisquer cartas marginais nas mãos.
Enquanto essas jogadas podem funcionar eventualmente, o que acontece é que elas acabam se tornando um hábito muito caro. Mantenha em mente que quando citamos pré-requisitos necessários para se jogar uma mão, já estamos levando em consideração a taxa de blefe. Quando se dá “raise” com algo como A
4
no botão, a sua jogada tem um grande componente de blefe incluída. Você não está à procura de alguém que lhe pague, o que você quer é expulsar os adversários e levar os blinds. Porém quando alguém lhe paga, você ainda tem uma mão razoável para jogar.
O ideal é que você use as pré-condições necessárias para blefar, e de maneira randômica, faça jogadas alternadas. Os adversários dificilmente perceberão os seus blefes se você jogar de maneira randômica.
